Gatolino |
NÓS SOMOS O MAIOR SERVIDOR DE RPG DO MUNDO!
Salve Aprendizes e Aventureires,
Na entrevista do Game Chinchila com a nossa diva Leticia, ela reconheceu o trabalho de toda equipe da sua staff e como funcionava o servidor R.P.G. Mestre dos Magos. O entrevistador Elias Guerra quer saber quem sou eu. Já que meu nome Gatolino está famoso por aí. Será que ele conseguirá me achar? Às vezes apareço nos bate-papos, participo de umas aulas aí e até escuto algumas mesas das masmorras, mas é muito rápido, quase não conseguem me ver!
O pessoal da staff do MdM está transbordando de felicidade por agora ser o maior servidor de RPG pelo Discord do mundo! Isso é muito graças a vocês que fazem parte dessa comunidade!
Passamos de 500 assinantes, 500 Leitores do Reino! Seja um assinante também, indo em cargos-de-notificação e reaja ao jornalzinho!
Também batemos os 6.000 seguidores do Instagram! Muito obrigado por nos seguirmos, se ainda não segue, segue lá por favor: @rpg_mestre_dos_magos.
Nas colunas, temos um novo colunista, Leandro Fogaça, onde irá falar sobre "Diversidade, Dungeons & Dragons: Uma discussão sobre o futuro do RPG" e continuamos com mais uma do Lance Lanclaste a "Elalala escada de desenvolvimento" e o "MULTIVERSO" pelo Magnus Kishikawa! Está tudo muito fantástico! Não deixe de conferir logo abaixo no Tópico 4!
Quero fazer um convite honroso para você, que tem algo interessante pra falar do universo RPGista e acha que daria uma boa coluna, entre em contato com o Gamaliel, a Pamy ou o LASANHA para escrever no nosso jornalzinho! O Gatolino Notícias está precisando de você para ser um colunista convidado!
Esta edição foi escrita por mim, supervisionada pela Pamy, pelo Gamaliel e pelo LASANHA. Diante mão estou feliz pois eles não atrasaram o meu XP que vale mais que o Dinar Jordaniano!
Tópico 1. Iniciantes e Eventos
No dia 04/07 o nosso Lights realizou uma aula de iniciantes bem detalhada sobre como criar uma background do seu personagem. Dale Raposa anciã.
A nossa conclave está de volta! Os mestres novamente se reuniram e realizaram uma mesa redonda sobre a sessão zero, o quê é, como realizar uma e como se preparar para uma sessão como mestre.
O mestre tutor (mestre) luther fez uma evento! A quanto tempo nós não temos um evento não é mesmo? O mestre Luther fez um evento onde narrou o sistema "Terra Devastada" em um cenário igualmente caótico.
O mestre !🔮𝕲𝖆𝖇𝖗𝖎𝖊𝖑 𝕮𝖗𝖆𝖜𝖋𝖔𝖗𝖉 🔮! fez uma aula sobre efeitos sonoros no momento da narração! Nessa aula ele apresentou os aplicativos necessários, como utilizar os mesmos e a criação e aplicação de efeitos próprios.
E no maior clima Jack Sparrow possível o narrador Demons' hunter apresentou o sistema de RPG "Nebula piratas de Marduk" onde apontou todos os pontos necessários para narrar e jogar o sistema e algumas referências para compreender melhor o cenário.
"Nessa semana que está chegando, eu Dilson, pretendo trazer para você uma one shot por dia de Pathfinder 2th e Starfinder!!"... E com essas palavras foi iniciada uma série de one shots com o objetivo de apresentar os sistemas e os cenários oficiais de uma forma rápida e dinâmica! Dale Dilson.
Existem sistemas muito fáceis de se aprender, um deles é o 3D&T alpha. O mestre tutor Kay deu uma aula completa sobre o 3D&T alpha incluindo suplementos extras e cenários para você utilizar.
A organização e respeito são fundamentais em qualquer ambiente, no RPG de mesa não é diferente, por isso foi de grande ajuda a aula do mestre Espectador sobre o comportamento em mesa de RPG, oque não pode fazer, como falar com os jogadores e etc.
Tópico 2. Notícias Gerais
Nós tivemos uma livre incrível no canal do Youtube Game Chinchila! Durante uma live de uma hora o senhor Elias Guerra fez uma entrevista com a dona do R.P.G Meste Dos Magos a Aya! Caso esteja interessado em assistir essa live maravilhosa segue o link: https://youtu.be/OPmMguAONzM
A partir do suplemento gratuito para o Arquivos Paranormais, o Jorge Valpaços mestrou uma oneshot lá no canal Mestre Dos Magos ( e foi incrível !!!). Viu a live e ficou curioso? Segue o link para ver o resultado:https://lampiaogamestudio.wordpress.com/2020/07/03/s-a-c-i-servicos-associados-para casos-
É isso pessoas, após umas edições sem comentar está de volta! O nosso instagram ultrapassou os 6.000 membros!!! Isso tudo graças a vocês, suas pessoas maravilhosas.
Você sabe quantos membros tem nesse servidor? Não? Bem, somos mais de 14.000! E isso significa que, de acordo com a lista pública, somos o maior servidor de RPG do mundo! Estou até me emocionando.
Para finalizar... você que gosta do nosso server e de ser parte dessa enorme comunidade temos uma boa notícia, vagas para pupilos abertas!
Gosta de dar aulas de iniciantes ou ouvir elas? Seja pupilo do Tales S. para ajudar a organiza-las e estar sempre por dentro.
Queremos manter a organização! Quer nos ajudar a proteger o server de "trolls" de internet e da toxidade? Bate uma papo com a Madeline Ford para se tornar membro da parte de administração.
Lembramos que os cargos não são remunerados, fazemos isso porque amamos o servidor e queremos ver ele indo bem. Além disso, vale ressaltar que cada Grão Mestre tem um teste único e você pode fazer quantos testes quiser, entretanto, é permitido somente um teste por Grão Mestre.
As tarefas do Pupilo constituem em:
• Realizar Registros de entrada.
• Auxiliar com a tarefa do seu Grão Mestre.
• Assegurar que as regras estejam sendo cumpridas.
Tópico 3. Entrevista
O corpo administrativo adverte: Lembre-se que aqui é um refúgio para todas as pessoas que possuem um hobby em comum.
Nota do gatolino: Houve um erro na hora de escrever a primeira pergunta, mas nosso entrevistado ainda sim entendeu e conseguiu responder a pergunta sobre como ele conheceu o Mestre Dos Magos.
O Gatolino fez uma pequena visitinha ao nosso querido amigo e parceiro Elias Guerra do canal Game Chinchila!!! Nessa entrevista surpresa nós conversamos sobre o canal "Game Chinchila" como um todo e ficou incrível.
PERGUNTA #1: Desde quando você joga RPG de Mesa? E o Mestre dos Magos?
RESPOSTA #1: Eu joguei muito RPG na pré-adolescência... algo por volta dos 12 anos. Mas parei por um bom tempo, lá pelos 15 ou 16. Sempre fui muito pouco apegado à regras (ainda sou ) então eu inventava meus próprios sistemas rápidos e com pouca regra e muito bom senso. Daí convencia alguns amigos pra jogar e ia inventando as histórias na hora. Era maneiro, mas a vida faz a gente abandonar coisas maneiras também né. Daí só voltei a jogar de novo agora no Game Chinchila, faz uns 4 anos.
Não entendi muito bem a parte "e o mestre dos magos"? É a quanto tempo conheço vocês? Bom, eu conheci no Diversão Offline, quando a gente esbarrou com a Aya, Pamy e Lara. Elas foram umas fofas a gente só deu perdido nelas sem querer, acabou que não conseguimos gravar uma entrevista, mas depois eu fui pesquisar e cheguei ao discord, achei impressionante demais!
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PERGUNTA #2: Como você começou no Game Chinchila e o que ele representa pra você?
RESPOSTA #2: Eu entrei no Game Chinchila a convite de um desses meus amigos da época dos 12 anos, um desses que topava jogar as loucuras que eu inventava. O Bunda, também conhecido como Rodrigo. Ele e uns colegas queriam criar um canal de RPG e jogos, mas não entendiam nada de video. Eu fui chamado pra essa parte. Na época tinha um outro cara na equipe que fez faculdade de Comunicação comigo, que também era do audiovisual, mas não curtia tanto e não praticava. Daí enfim, me chamaram. Daí conheci o Vinzaum, que tava na liderança da equipe, e eu entrei exclusivamente para o Jogando RPG, desde que aceitassem alguns termos (MUAHAHA). Aos trancos e barrancos a equipe foi levando, Já passaram umas 10 pessoas por essa equipe, ao todo, mas hoje somos 4 e seguimos firmes.
O Game Chinchila representou várias coisas pra mim já, em épocas diferentes. Mas a coisa mais significativa que o Game Chinchila mostra pra mim é quanto comunicação real e direta é importante. Sou formado em audiovisual. Trabalho com cinema. Já ganhei alguns prêmios em festivais, escrevi, dirigi, montei, fiz o diabo. Mas nada do que eu fiz, nem os filmes mais premiados, nem o que já foi pra TV, foram vistos tanto quanto o Jogando RPG. Eles me pagaram mais, pagam minhas contas até hoje hehehe mas a resposta que o público do Jogando RPG dá, o alcance, a quantidade de vidas que podem mudar, gente que pode aprender, coisas que podem crescer, florescer, abrir caminhos, nenhum dos meus outros trabalhos foi tão longe. Então o Game Chinchila representa diálogo, mudança, espaço de comunicação. COMUNIDADE. Acho que é isso. Nunca me senti em comunidade tanto quanto aqui.
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PERGUNTA #3: Quando você não está no Game Chinchila, o que você gosta de fazer?
RESPOSTA #3: Há momentos em que não tenho quase nenhum tempo para estar fora do Game Chinchila hehehe em tempos de Jogando RPG, é 27 horas por dia no Game Chinchila. Mas enfim, eu gosto do meu trabalho. Gosto de escrever meus roteiros, fazer meus filmes, fora do canal. Quando não tô nem trampando no canal, nem com audiovisual, daí eu dou bastante espaço da vida pra ver filmes e séries... ler livros sobre processos criativos, arte, cinema... Então quando não tô nem trabalhando com video, nem estudando video, nem consumindo video... daí eu jogo um Overwatchzinho casual (heróis aleatórios, por favor) e uns jogos de Puzzle nada a ver no celular, ouvindo Mutantes, Secos e Molhados, Supertramp e Pink Floyd haha fica a dica.
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PERGUNTA #4: Você gostaria de criar um cenário em cima da campanha "Jogando RPG"?
RESPOSTA #4: Um dos acordos que fizemos no Game Chinchila é que o cenário da Ferradura, que é onde as aventuras do Jogando RPG se passam, é a princípio do Vinzaum. A exploração do cenário em audiovisual, o formato Jogando RPG é da equipe, mas o cenário é mais dele. Enquanto trabalhamos juntos, é claro que o desenvolvimento é orgânico. Todo mundo sugere muitas coisas e vai ponderando, dai o Vinzaum trabalha em cima. Meus interesses naturalmente são outros. Eu sou muito casual no RPG, não tenho esse tesão por ter um sistema ou um cenário. Tenho tesão por contar histórias. Então tenho mais vontade de licenciar uma animação pra Netflix, vender o projeto do Jogando RPG pra outros cenários e plataformas... esse é mais o meu rolê na equipe.
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PERGUNTA #5: Se você pudesse dar um recado pra todos que estão começando no RPG, o que você diria?
RESPOSTA #5: Um recado importante pra quem está começando a jogar RPG: no momento em que o jogo começa, só a sua mesa existe. O que funciona nas outras mesas pode ou não funcionar na sua, não se prenda a isso. A mesa funcional é um acordo tácito de boa convivência entre os jogadores. Aquelas pessoas ali reunidas, e SÓ AQUELAS, precisam encontrar o que buscaram juntas ao sentar. É um acordo de empatia, cada um permite que o outro encontre seu prazer. Se você vai seguir as regras, ou quebrar algumas, isso só depende daquela mesa. O criador do D&D não tá lá te vigiando pra saber se você tá seguindo certinho. Se vai ser só roleplay, ou se vai ser combo atrás de combo, tanto faz. Só quem tá lá são os jogadores, só vocês sabem a resposta. Só vocês importam. Estão felizes, encontrando seus prazeres e satisfações com o jogo? Então relaxa e segue em frente. Algo parece não seguir por um bom caminho pra alguém da mesa? Desviem a rota com Paciência e Empatia. Fez sentido?
Tópico 4. Espaço Livre
Diversidade, Dungeons & Dragons: Uma discussão sobre o futuro do RPG
- Por Leandro Fogaça
A Wizards of the Coast está fazendo mudanças em seus dois maiores produtos, Dungeons and Dragons e Magic: the Gathering, para lidar aberta e diretamente com a questão do racismo sistêmico e outros preconceitos. A pressão já era alta (e ainda é) pela demissão do co-criador da bem sucedida 5ª edição, o talentosíssimo Mike Mearls, por supostamente ter feito vista grossa a um membro influente da comunidade gamer acusado de comportamento tóxico. Mas após os protestos generalizados em apoio ao movimento Black Lives Matter, o clamor público inspirou muitas empresas a fazer mudanças significativas e a indústria do entretenimento não seria exceção.
Uma empresa da gigantesca Hasbro, a Wizards of the Coast publicou um manifesto há poucas semanas reconhecendo a existência de estereótipos racistas em seus livros e assumindo um compromisso histórico com o combate ao racismo sistêmico e a toda e qualquer forma de discriminação. “Dungeons & Dragons nos ensina que diversidade é força, pois apenas um grupo diversificado de aventureiros pode superar os muitos desafios que uma história RPG nos apresenta”, explica a produtora.
O amado cardgame Magic já sofreu as primeiras sanções: cartas como "Invoke Prejudice", "Jihad", "Cleanse", "Crusade" e "Pradesh Gypsies" foram banidas dos eventos oficiais por terem sido consideradas, de forma direta ou implícita, racistas e ofensivas – foi a primeira vez que isso ocorreu em resposta a um estímulo cultural (outras cartas foram banidas antes, mas por questões de equilíbrio e mecânica de jogo).
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Mas quero falar aqui sobre Dungeons & Dragons. Ao longo dos 50 anos de história de D&D, alguns dos povos que habitam o jogo – etnias como os elfos drow ou mesmo os orcs, dois dos principais exemplos citados pela própria Wizards of the Coast (WotC) – foram caracterizados como essencialmente monstruosos e malignos, invocando imagens e usando descrições que lembram dolorosamente como certos grupos étnicos do mundo real foram e continuam sendo afetados pela discriminação.
Lançamentos recentes como Eberron: Rising from the Last War e o delicioso Explorer Guide to Wildemount já trazem orcs e drow em um contexto moral e culturalmente complexo e flexível. A empresa até mencionou que os livros Curse of Strahd e Tomb of Annihilation (em minha opinião, as duas melhores aventuras de 5e disponíveis até o momento) já foram adequados nas edições digitais e reimpressões, removendo estereótipos e conteúdo racialmente insensível.
Mas a mudança não para por aí – a própria construção das “raças” no jogo pode mudar. Os bônus de habilidade, mais flexíveis, não serão necessariamente utilizados para indicar que uma raça seja mais forte ou mais inteligente que a outra. Além disso, a empresa busca a diversidade até nos talentos que vem contratando – veremos o conteúdo criado por esses jovens já nos lançamentos de 2021.
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Se você joga RPG faz tempo e nunca sequer imaginou essas representações étnicas em raças como drows ou orcs, não se preocupe: você é normal. Porém eu quero propor agora uma reflexão sobre o que pautou essa decisão da WotC e o que ela significa, num contexto mais amplo. Ao lado dos Vistani (etnia de Ravenloft que foi associada de forma pejorativa aos ciganos da Romênia), os orcs e os drows são espécies, por assim dizer, extremamente racistas, sim. Mas são “raças” que não existem. Pertencem a um mundo de ficção consolidado por décadas, talvez séculos de tradição literária - e é sobre essas duas raças que vamos refletir.
Os elfos drow tem a pele escura. Drow é uma sociedade predominantemente maligna sim, mas não porque todos os drow são racialmente inclinados para a maldade, mas porque vivem em uma teocracia disfuncional (matriarcal, diga-se de passagem, mas não vem ao caso. Ou vem?), onde o mau comportamento é incentivado e até recompensado por uma impiedosa deusa aracnídea de beleza mortal. Eles tem orelhas pontudas. E cabelos brancos. Mas alguém, nas profundezas do Twitter, sugeriu que os drow são retratados como maus porque sua pele é escura, e então a discussão tomou forma.
Já a polêmica com os orcs vem do início dos anos 70, e o próprio Tolkien quase foi cancelado por retratar os malignos orcs com narizes largos, pele escura e rostos redondos – e eis que a polêmica ressurge no século seguinte, mais forte do que nunca. Entenda: é inegável que o contexto da criação desses temas, sob o aspecto literário, certamente irrigou-se do indiscutível racismo sistêmico fortemente presente no mundo ocidental do século XX, mesmo que de forma indireta e involuntária – e a literatura de Dungeons & Dragons vem reciclando todos esses aspectos há décadas e está inadvertidamente perpetuando seus preconceitos culturais, implícitos e explícitos.
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Mas faz sentido revisar um conceito consolidado de uma “raça” clássica da literatura de fantasia, sabendo que foi pautada no folclore de diversas culturas ancestrais, como celta e nórdica - não por exclusão e preconceito, mas por mera origem geográfica e cultural do autor? Mesmo sabendo que tais culturas sequer tiveram contato com etnias de origem africana durante a consolidação desses arquétipos, na concepção de sua própria identidade cultural através da tradição oral de seus ancestrais?
Eu vejo os orcs de Forgotten Realms, em geral, de uma forma tribal e primitiva, totalmente diferente dos orcs mais selvagens de Spelljammer – que são diferentes dos orcs de Eberron, de Oerth (ah, Greyhawk...) e tantos outros. Dentro de uma única campanha dessas, as tribos também variam imensamente. Multiplique agora pela diversidade das mesas e suas interpretações e versões e homebrews pelo mundo afora. Nada disso necessita de formalização RAW pois os três livros que compõem as regras de D&D enfatizam em suas primeiras páginas que todo o conteúdo pode e deve ser adequado para maior diversão de todos. Mais do que encorajar isso, o Dungeon Master´s Guide até dá dicas de customização de regras – o que abre a discussão de que o problema não é só o contexto eventualmente preconceituoso do material, mas também o bloqueio criativo dos jogadores e mestres para contornar qualquer discordância, usando as orientações já fornecidas pelo próprio material.
E exemplos inclusivos não faltaram, de Drizzt (o elfo negro que dispensa introdução) ao rei Obould, líder dos orcs na trilogia de Salvatore, Hunter´s Blade. Obould era um orc inteligente, sagaz, e ao seu modo, justo. Mas reconhecemos que representações como essas ainda são... minoria.
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O termo “raça” como usamos refere-se à raça taxonômica (como poodle e terrier, por exemplo, ambos cães) ou à etnia humana (mesma espécie e raça taxonômica mas com certas características diferentes, como cor da pele). Dizer que os negros pulam mais alto que os brancos é uma generalização racista, mesmo que fundamentada por tratados de fisiologia humana ou estatísticas do mundo olímpico. Mas dizer que um elfo pula mais alto que um anão é como dizer que um canguru pula mais alto que um rinoceronte. É assim que é, pela própria natureza da coisa, e isso não é racismo porque a “raça” nem deveria entrar em questão.
Por um lado, nós não pedimos para a Hasbro mudar as regras do Banco Imobiliário porque a prisão dá gatilho em ex-presidiários oprimidos pelo sistema carcerário – a gente simplesmente joga outra coisa. Mas por outro, faz-se urgente reconhecer as oportunidades de melhoria no processo criativo para adequar-se ao mercado contemporâneo – sim, trata-se de uma empresa em um mundo capitalista, que por sua vez está sob a gestão dos milllenials. Nessa aposta da empresa, apesar de vermos alguns resultados imediatos em todo produto a ser lançado daqui pra frente, qualquer mudança mais significativa não será sentida a curto prazo – mas é um desafio de nível intermediário pra quem já foi acusado de satanismo nos anos 70.
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Por fim: apesar de ousada e delicada, eu acredito que essa tenha sido uma boa jogada da WotC, e espero que na prática possa levar a histórias de D&D ainda melhores, mais interessantes e complexas, e que mais pessoas se sintam incluídas e representadas, mais confortáveis em uma mesa e mais dispostas a jogarem RPG. O esporte ganha, afinal de contas. Remover os estereótipos ofensivos do passado é a decisão certa por parte de Wizards, mas a diversidade e a inclusão nos jogos de mesa não podem parar por aí. Se for para ser realmente inclusivo, a Wizards precisará continuar promovendo um ambiente de jogo acolhedor em seus torneios e comunidades online. Uma boa comunidade de mesa não precisa apenas de diversidade entre os personagens, mas também entre seus jogadores.
Mais pessoas do que nunca estão jogando D&D, por isso é importante que o mundo em que esses novos personagens habitam e as raças com as quais eles jogam possam refletir a mesma profundidade e complexidade que os próprios jogadores, e todas as suas nuances. E lembrando, isso é tudo opcional - os jogadores podem decidir manter o matriarcado cruel dos elfos com pele púrpura-acizentada na plenitude de sua cultura escravocrata e violenta, sem crises de moral – desde que todos na mesa estejam de acordo.
E você? O que acha dessa posição da WotC? Vai optar por usar um formato mais flexível de definição de raças e espécies ou continuar rolando a iniciativa sempre que um orc cruzar o seu caminho? Se cada caso é um caso, aceite o conselho do DM: nada como um bom e velho check de insight!
Leandro Fogaça
DM Dungeons & Dragons desde 1993.
Boardgamer, miniature painter, escritor, baterista
Elalala escada de desenvolvimento
- Por Lance Lancastle
Bom dia, boa tarde ou boa noite, aqui quem fala é seu anfitrião novamente, Lance Lancastle, falando diretamente da primeira e única escola de ladinagem na face desse planeta, neste plano e expandindo para outros planos também, hoje falaremos um pouco sobre as matérias de nosso curso, para entrete-los e despertar interesses sobre como ser um bom ladino e vir aprender conosco, sempre por um bom pagamento.
Estamos abertos para todos os públicos, mas indicamos que você tenha uma boa destreza e seja um pouco mais inteligente que a média, em seu primeiro ano, após passar por nossos gnomos analistas de mentes, será indicado quais seriam suas primeiras aulas, entre Acrobacia, Atletismo, Atuação, Enganação, Furtividade, Intimidação, Intuição, Percepção, Persuasão e Prestidigitação, (para algumas delas indicamos que você tenha uma personalidade magnética), lembrando que dessas escolhas você pode ter apenas 4 matérias no primeiro ano porém pode escolher duas para aulas complementares e ficar crake nelas, nós anos seguintes pode ter aulas de reciclagem e trocar essas matérias.
Além é claro das outras aulas, você sairá com o primeiro ano já sabendo manusear ferramentas de ladino, para destrancar portas, manusear mecanismos e desarmar armadilhas, ensinamos a você anatomia necessária para saber onde dói mais em corpos humanóides, monstruosos, aberrações, enfim tudo, oque estiver vivo ou morto ou até mesmo indefinido e também aprenderá com nosso tutor de linguagem Murilonho, o tagarela, nossas aulas de manha da ariranha onde você aprende como se comunicar com a sociedade ladinesca.
Tirando outras aulas como oque fazer quando seu grupo tenta entrar em uma caverna que você tem certeza que vão morrer ou maneiras corretas de se roubar uma casa, mas isso fica para a próxima coluna, afinal, se você ficou curioso, venha para nossa escola,é fácil de achar, se você não nos achar, nós te achamos, até a próxima...
MULTIVERSO
- Por Magnus Kishikawa
Oie, tudo bem?
Essa é uma notícia pela qual estava muito ansioso em escrever.
Você é mestre? Você gosta de dar sugestões ao seu mestre? Então acho que isso é pra você.
Quando a quarentena começou, estava muito entediado, e meus amigos estavam sem tempo para jogar, ainda estavam todos se organizando com a mudança. Com poucas esperanças, perguntei ao meu irmão mais velho se queria jogar um D&D dos clássicos. E olha só! Ele disse que sim!
Estava pensando em como seria o mapa, a história, tudo mais, mas estava sem ideias. Aquilo me deixava estressado. Então comecei a pensar... E se eu pegasse um mapa que já havia usado em outra aventura e fizesse exatamente no mesmo universo. Achei que seria legal. E assim começou a campanha. Nós dois nos divertimos muito.
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E comecei a mestrar mais mesas, que também eram no mesmo universo, e estava sendo realmente divertido.
Aí que tivemos a ideia. Iríamos criar um universo com aquilo. Fizemos alguns mapas, e com algumas adaptações conseguimos juntar tudo. Mas ainda precisava ser enriquecido aquilo. Ter apenas o relevo de um universo é chato. E aí veio a fase dos gastos de tinta. Tinta? Pois é, caro amigo, fizemos tantas fichas de personagens para preencher e enriquecer nosso universo que era necessário dois cartuchos de tinta preta para a impressora por semana. Minha mãe ficou tão brava. Não façam isso crianças!
Foi cerca de sessenta fichas.
E começamos a fazer os combinados de deuses que governam um universo. Eu não usava os personagens dele em minhas aventuras, para não acontecer coisas que poderiam atrapalhar as histórias dele, e vice-versa. E assim era também com as partes dos mapas. As que ele havia criado, eu não usava, e ele com as minhas.
E depois vieram as partes secundárias, como os combinados, panteão de deuses, leis dos reinos, etc.
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Agora, se você quiser criar um universo em que seus jogadores possam jogar diversas aventuras, vou dar umas dicas.
-enriqueça o mapa! Faça montanhas, colinas, pântanos, charnecas, praias, planaltos, rios, lagos. E coloque anotações de que povos habitam cada parte do mapa. É interessante um mapa rico.
-crie NPCs que vão ajudar/enriquecer em suas aventuras! Pode ser desde um dragonborn misterioso que é um paladino de Bahamut, que chama aventureiros para missões, até um barman warforged amalucado! Torna não só as aventuras divertidas, como também ajudam na metragem.
-tenha certeza de que seus jogadores não se importam em jogar em um multiverso! Se não fizer isso, alguns jogadores podem se desanimar. Mas se todos concordarem, é incrível! Por vezes, deixe-os usarem fichas antigas, para deixar os personagens deles mais vivos no universo.
-se estiver fazendo com outra pessoa o universo, combine tudo! Combine bem com seu parceiro de metragem o que cada um pode fazer no universo.
-crie encontros ocasionais com NPCs/entidades poderosas em histórias diferentes! Crie tais encontros, pois tornará tudo mais rico e empolgante! Faça eles encontrarem um dragão de bronze enigmático, que voa por aí ajudando aventureiros valentes com enigmas e indicando NPCs do tipo "Aragorn".
E é isso aí, espero que aproveitem bem!
Uma boa sessão, e sorte no dado pra quem leu! Obrigado!
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