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kit-aventureiro

domingo, 22 de novembro de 2020

EDIÇÃO #026 - GATOLINO NOTÍCIAS

 


CONQUISTAS E VALORIZAÇÃO AO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA


Sua cor nunca vai definir quem você é. Tire o dia pra refletir quem você é na sociedade, o que julga ou o que se une? Muitos morreram por essa causa nobre, e hoje lembramos com respeito e admiração. Celebrem esse dia com orgulho, pois faz parte das nossas vidas.

- Dia da Consciência Negra, pela Eve.


No início dessa quinzena tivemos muitos eventos em comemoração ao aniversário do MdM com mesas de diversos temas como Fantasia Medieval, Cyberpunk, Terror, Mistério, Apocalipse, entre outros, foi uma semana bem movimentada e completa.


Alcançamos mais uma vitória, ultrapassamos a marca de 9.000 seguidores no Instagram, e o nosso sonho é antes do fim do ano termos 10.000 seguidores, se você ainda não nos segue, nos siga por favor: @mestredosmagosrpg.

Nas colunas temos o Jean Carlo em "Um ambiente inspirador", "Mariposas" pelo Filipe Tassoni, o "Capítulo VI, Uma conversa tensa", "O último Grys", já o Leandro Fogaça vem com mais um "Short Sword: Contos curtos de 1d6" e o Lance Lancastle vem com "Dicas de como ser um bom ladino"! Não deixe de conferir logo abaixo no Tópico 4!


Pessoal, agora o assunto é sério! Nós temos uma meta de chegar nos 10.000 seguidores no Instagram até o fim do ano. E você pode nos ajudar a realizar esse sonho, basta nos seguir lá: @mestredosmagosrpg.


Nosso Insta: https://instagram.com/mestredosmagosrpg 

Nosso Face: https://facebook.com/rpgmestredosmagos (aproveita e nos curta)


Meus amados Leitores do Reino, peço humildemente que vocês vão no nosso site e comentar lá sobre esta coluna, fazer um feedback legal e miau! Provavelmente iremos migrar totalmente para lá, então precisamos de vocês lá! Obrigadinho. 


Eis o link: https://gatolinonoticias.blogspot.com/ 


Tópico 1. Iniciantes e Eventos


Começaremos o primeiro tópico com a CONCLAVE DOS MAGOS! A mesa redonda dos narradores de RPG de mesa. Por conta desse período de pandemia é recomendado que vocês não saiam de casa, portanto, o RPG via discord e outras plataformas é essencial para o nosso entretenimento.

Tópicos: 

- O Presencial não existe mais;

- Discord;

- Ferramentas Online.

Essa Conclave dos Magos é um oferecimento de Hecrod e Tales S.


Como vocês já sabem no dia 07/11 foi o aniversário do R.P.G Mestre Dos Magos e para comemorar nós fizemos uma série de one shots durantes a semana, cada uma com um tema diferente:


@Dann: Segunda-feira - Mistério

Chuvi: Terça-feira - Apocalipse

Lara: Quarta-feira - Fantasia oriental

Raposa: Quinta-feira - Cyberpunk

Heartless: Sexta-feira - Terror

Miaw: Sábado - Old School

!『 Emilio, The Hero no. 01 』: Domingo - Fantasia medieval


Uma mesa de Weird World News com o sistema FATE Acelerado, inspirada nos desenhos dos anos 70 da Hanna Barbera sobre solucionadores de mistérios! Narrada pelo @Dann

Resumo da História:

Este mundo descolado é um lugar assustador, cara! Felizmente, você e seus amigos são empregados pelo grupo Weird World News. Você investiga e publica denúncias sobre os criptídeos mais severos que aterrorizam o campo. Mais da metade do tempo, no entanto, é algum executor ou senhorio falso mascarando como um monstro. Esses idiotas pensam que podem aterrorizar os outros para que deixem seus interesses comerciais apenas. Mas eles também tornam seu trabalho muito mais difícil, já que você nunca sabe se você está prestes a descobrir o monstro real e factual ou apenas outro aspirante a que está tentando reduzir os valores das propriedades. Mas não tenha medo! Você tem seus amigos, e você vagueia pelo campo em seu confiável veículo antigo, corajosamente separando o fato da ficção. Apenas certifique-se de que você sempre tenha um estoque de biscoitos de coragem à mão - você nunca sabe quando vai precisar de um petisco para ajudá-lo a enfrentar o próximo fantasma selvagem vindo em sua direção!


Chuvi narraou uma mesa de Terra Devastada, ao estilo survivor e suspense.

Resumo da história:

A cidade de Nova Esperança sobrevive em pequenas comunidades em meio ao apocalipse, porém a esperança ainda não foi perdida, já que com a chegada de visitantes inesperados a promessa de uma possível vacina anima os sobreviventes da cidade, enquanto aterroriza outros.


Uma nova aula essa semana, dessa vez com o tema "Jogador Mestre" do (👀) I am Toon.

Tópicos: 

O que é o Jogador?

O que é o Mestre?

O que é o Jogador Mestre?

Como um Jogador Mestre faz você ser um Jogador Melhor?

Como um Jogador Mestre faz você se torna um Mestre?

Resumo.

Dúvidas.


O véu da honra, por Lara. Uma aventura de fantasia oriental e mistério, o sistema utilizado foi o The Legend of the 5 Rings - terceira edição.

Resumo da história:

Em Rokugan o romance é uma rara flor, os casamentos contratuais são a rotina e são vistos como um dever para aqueles que passam pelo genpuku. Porém, mesmo com o risco da desonra, às vezes a paixão floresce nos jovens samurai. Foi o que dizem ter ocorrido nas terras do leão recentemente, a corte especulava que um bushi da garça cortejava uma bela samurai-ko do clã escorpião em segredo e, há alguns dias, ambos desapareceram. A conversa local é que ocorreu uma fuga dos dois amantes para que eles pudessem se ver livres para viver juntos, mas o escorpião não parece conformado com a história, a garça quer seu próspero bushi de volta a seus serviços e o leão quer distanciar a corte de qualquer intriga que possa atrapalhar o treinamento de seus guerreiros. São então contratados magistrados para investigar a situação.


Agora para dar aquela diferenciada vamos de Cyberpunk! Um oferecimento do nosso Raposa.

Resumo da história:

Vocês são marginais que estão a trabalho de uma corporação gigantesca que tem de interesse o roubo de uma carga no distrito 25 de São Paulo... O que vocês devem roubar está alojado em um cofre com vários seguranças e um firewall poderoso, mas o que será que tem lá dentro?


Nesta Sexta-Feira 13 nós não poderíamos perder a chance de realizar um evento, narrado pelo Heartless e com o sistema  Shadow of the Demon Lord.

Resumo da história:

Um grupo de aldeões de varias da região estão peregrinando em busca de uma terra mais pacifica e prospera, fugindo da barbárie das terras dominadas pela tirania do Império, até que algo estranho acontece, na estrada, sob um templo nublado que prometia uma tempestade, um clarão aparece e tudo escurece, o que vem depois é algo inexplicável...


Já que entramos nesse clima de terror o que acham de contarmos como foi o evento narrado pela Miaw? Foi muito bom! Teve temas medievais, old school e até um pouco de terror também!

Resumo da história:

Um rico comerciante oferece uma grande recompensa para os aventureiros expulsarem bandoleiros que estão escondidos em uma tumba nas proximidades do vilarejo. Entretanto, o grupo percebe que não se tratava de simples ladrões... e que precisariam de muito mais que coragem para enfrentarem os bandidos e uma famosa maldição do lugar!


Sistemas próprios! Adorados por muitos e pode ser realizado por todos! Fungo, o criador do sistema pós-apocalíptico "Gamma Rats" fez uma aula de como criar o seu sistema próprio.

Tópicos:

O que que é "sistema", hein? E por que fazer um sistema próprio?

Cenários: criação de um pano de fundo. Diferença de sistema e cenário.

Hack ou Sistema Próprio?

Afinal, O QUE É QUE VOCÊ QUER!?

Fase ZERO 

Mecânicas e estatística

Exemplos:

Faça-Teste-Descontrua-Pense

Palavras finais.


Ainda no tema sistema próprio, !『 Emilio, The Hero no. 01 』 fez um evento de fantasia medieval e utilizou um sistema próprio.

Resumo da Historia:

Após serem exilados do Império Eragron para uma de suas colônias, 4 mercantes devem encontrar alguma forma de encontrar sua redenção com a Família Real.


A interpretação é fundamental para fazer a parte de "Role playing" do seu "Role Playing Game". (👀) I am Toon fez uma aula falando sobre métodos de melhorar a interpretação e deu alguams dicas.

Tópicos:  "vamos nesta aula abordar a visão, como interpretar como terceira pessoa, como usar de primeira pessoa e quando diferenciá-las."

• O que é a Visão Narrativa?

• O que é a Visão de Terceira Pessoa?

• O que é a Visão de Primeira Pessoa?

• Como é que o Jogador pode Melhorar?

• Como é que o Mestre pode Melhorar?

• Quando usar Visão de Primeira Pessoa e quando usar a de Terceira Pessoa?

• Resumo & Dúvidas.


Tópico 2. Notícias Gerais


Somos 9.000 membros ^^ (com um pé para os 10k!). Como sempre nós agradecemos do fundo do coração a todos vocês! Colunistas, seguidores e membros do servidor que estão sempre jogando, ensinando o próximo e usando a criatividade para melhorar o dia das pessoas ^^


O R.P.G Mestre Dos Magos acaba de fechar parceria com o canal RPGistas! Um canal focado em RPG de mesa em outro patamar! Venha conferir nos links abaixo:


Instagram:https://www.instagram.com/rpg_istas/

Canal no Youtube:https://www.youtube.com/channel/UC0iifci2u9eZc6w-IlphS0Q/featured




O cargo de "Mestre Certificado" acaba de retornar ao nosso servidor do Discord! (O Mestre Certificado é um cargo meramente ilustrativo).


Tópico 3. Entrevista


Hoje a entrevista será com um colunista do jornal! ygusmo, mais conhecido como Lance Lancastle que escreveu o "Dicas de como ser um bom ladino" vai contar um pouco sobre a sua pessoa.


PERGUNTA #1: Como conheceu o RPG de mesa? Como conheceu o R.P.G Mestre Dos Magos?


RESPOSTA #1: Conheci o RPG em 2006, jogava com amigos de escola que as vezes quando saíamos da escola ou éramos dispensados mais cedo jogávamos RPG na calçada da escola, mas como ninguém sabia mestrar muito bem jogavamos uma espécie de X1 personagens vs personagens.


PERGUNTA #2: Qual é a sua classe favorita? E por que ladino?


RESPOSTA #2: Gosto muito de ladino, acredito que seja pela versatilidade tanto em combate como para histórias sem combate, acredito que me afeicoei na época pois me considerava uma pessoa com personalidade meio ladinesca.


PERGUNTA #3: Qual seria o seu "estilo de ladino" entre tantos tipos conhecidos?


RESPOSTA #3: Isso é difícil, ficaria entre o arquétipo de ladrão ou o assassino dependendo da aventura, se fosse para seguir um próplayer, agora dependendo da história um batedor ou mestre das espadas cairia bem também.


PERGUNTA #4: Você teria uma dica para os iniciantes nessa classe?


RESPOSTA #4: Melhor dica para quem está começando é sempre se esconda, mas acabei de postar 10 dicas para serem bons ladino, vejam lá que tem a lista completa.


PERGUNTA #5: Qual é o melhor e o pior ladino que você já viu?


RESPOSTA #5: O melhor ladino é aquele que no mínimo sabe usar oque tem da maneira certa, os dados definem o êxito, mas saber oque pode fazer e saber quando fazer define o melhor ladino, o pior é aquele que é o revés do melhor e ainda atrapalha seu grupo.


Tópico 4. Espaço Livre


Dicas de como ser um bom ladino


By Lance Lancastle


Bom dia, boa tarde e boa noite a todos os aventureiros indecisos e que não sabem o básico de como se portar em casos vividos em sua peripécias ladinescas, sejam bem vindos a mais uma coluna Elalala, da Escola de Ladinagem de Lance Lancastle, Eu, como sempre, sou seu anfitrião, Lance Lancastle, e venho hoje lhes mostrar os 10 passos básicos de como ser um bom ladino, então pegue seu pergaminho e uma pena e tome nota de tudo e faça com que essas regras sejam memorizadas e isso faça parte de sua rotina e o resto você se vira.


Dependendo de como você se porta ou que grupo está algumas regras podem ser revistas ou não.


Regra número 1

Se você é um batedor de carteiras, isso não significa que você faça isso quase 100% de seu tempo livre, pegue apenas oque lhe for necessário, ou isso pode lhe trazer problemas.

Regra número 2

Não roube de companheiros de grupo, a não ser que eles mereçam.

Regra número 3

Se você for bom em perceber armadilhas, vá na frente em uma expedição, caso contrário vá no meio de grupo, você não quer ser emboscado, e ali você poderá ajudar tanto a parte da frente do grupo como a parte de trás.

Regra número 4

Sempre que for mexer em algo que não lhe pertence, tente deixar da mesma forma que encontrou, se for levar algo crie pistas falsas.

Regra número 5

Sempre que for tocar em algo dentro de uma masmorra, atire algo nela antes, objetos inanimados não revidam.

Regra número 6

Sempre que puder, se esconda

Regra número 7

Ao conversar com alguém, conte mentiras baseadas em verdades e verdades baseadas em mentiras.

Regra número 8

Lembre-se, nem tudo se resolve com brigas e nem todas as brigas se resolvem com batalhas ou mortes.

Regra número 9

As vezes subornar alguém resolve mais do que resolver com morte.

Regra número 10 

E para tudo que for fazer se lembre sempre de EVITAR

Encontre seu alvo


Visualize seu plano


Inclua dificuldades


Teste a segurança


Aplique o plano


Restaure tudo ao original


Bem espero que minhas dicas tenham sido úteis para vocês, nas nossas próximas colunas falarei de personalidades que encontrei em minhas aventuras, onde já encontrei ladinos de todos os tipos de raças e antecedentes, já vi de tudo nessa minha vida de Hobbit... 

Espero ter entretido vocês e ajudado a que sejas um ladino melhor e mais útil para todas as situações, desejo felicidades e prosperidades a todos e espero vocês na próxima coluna Elalala...


Short Sword: contos curtos de 1d6

por Leandro Fogaça 


O ataque do necromante


“Red Larch é prioridade! Fechem os portões!”


Olias Klomp gritava de cima de seu íbex – uma enorme cabra montês de chifres retorcidos pra trás, pelagem grossa e cascos largos. O velho segundo sargento da cavalaria dos anões gesticulava para seus soldados o acompanharem e galopou contornando o Templo Todafé em direção ao portão leste, subindo pelo Khedell Path. Ele era observado pelo chefe da guarda de Red Larch, o jovem Piotr, que parou sua égua inquieta bem no meio do cruzamento central, sob a chuva torrencial que caía impiedosamente durante o ataque. O som de cascos castigando o cascalho da estrada ecoava pelo silêncio dentro da cidade – mas os gritos de socorro que vinham de fora das muralhas apunhalavam seu jovem e aflito coração. O jovem Piotr olhou ao redor por um segundo e orou a São Cuthbert, um dos poucos humanos mortais a subirem ao panteão dos deuses. Clamou por sua bênção a aqueles valiosos soldados enquanto assistia a tropa de elite dos anões fazer o seu trabalho na madrugada.


O anão Olias galopou através do portão leste, ordenando seu fechamento enquanto liderava a pequena tropa montada de anões para fora das muralhas. Seu íbex baliu nervosamente ao cheiro de morte, e Olias conduziu sua montaria para uma carga direta pela estrada aberta, rumo ao exército invasor, disperso e desorganizado ao redor da cidade. O impacto despedaçou três ou quatro inimigos – ouviu seus homens ampliando esse ataque logo atrás, galopando em formação de cunha e abrindo uma clareira no meio do caos. Olias piscava seus olhos incrédulos e começava a entender o que via: uma horda de mortos-vivos havia tomado essa parte externa da área agrícola de Red Larch.


O segundo sargento desmontou pesadamente com sua maça nas mãos. “Fechem o perímetro! Abram essa área aqui! Coragem, irmãos!”. Estapeou as ancas de sua cabra montês, que juntou-se às outras num trote nervoso de volta ao portão. Os anões da cavalaria desmontada fizeram um círculo e foram expandindo o perímetro, abrindo um buraco entre os cadáveres que andavam. “Estamos perdidos.”, Olias pensou sem pestanejar um segundo ou sequer refletir sobre suas chances. Abrir essa clareira era seu foco, pois já ouvia o grito de guerra do Punho de Pedra, os soldados da infantaria anã, enquanto os portões do leste se abriam mais uma vez para sua passagem. Em pouco tempo as flechas da torre começaram a zunir em suporte, e o grito selvagem da infantaria dos anões invadiu a clareira aberta por Olias e sua cavalaria: o Punho de Pedra corria para a guerra, martelos em mãos, espalhando-se entre os zumbis. Red Larch resistia.


O sargento Anvil não desceu de seu íbex, esmagando crânios à direita e esquerda, dando suas ordens com firmeza. “Olias! Leve seus homens para as fazendas ao norte de Khedell Path!” O segundo sargento concordou com a cabeça e atravessou a estrada a passos pesados, fazendo um aceno aos seus companheiros. Foi quando cruzou com os esqueletos arqueiros, ardilosos, e as primeiras baixas em seus homens foram inevitáveis. Escudo crivado de flechas, conduziu duas famílias de camponeses ao porão de uma fazenda, deixou um anão ferido na perna de guarda. Foi buscar os aldeãos que gritavam por socorro no estábulo ao lado, mas um cachorro com o crânio exposto e um brilho sinistro nos olhos o atacou ferozmente. O cheiro da carne podre e o rosnado sobrenatural do cão morto-vivo quase derrubou o velho guerreiro, e enquanto seu pulso enluvado era mordido pelo animal, Olias chutou o tórax da besta, a ponta da bota entrando nas tripas inchadas do cachorro, matando-o de vez. 


Nesse momento, uma flecha cravou-se em sua cintura com um estalo. Uma dor lancinante ardeu em seu quadril, logo abaixo de seu peitoral. Viu-se cercado de mortos-vivos e preparou-se para o pior quando dois de seus soldados, camuflados pela forte chuva que caía, atravessaram os zumbis com uma fúria e disciplina que deixaram o segundo sargento orgulhoso. Pararam para respirar um minuto enquanto o soldado não conseguiu remover a flecha na cintura de Olias. “Argh, deixe ela aí!”, gritou o segundo sargento, quebrando a haste do projétil. Não deixou transparecer para seus homens, mas quase desmaiou de dor. Os três combinavam o próximo avanço, porém mal conseguiam se ouvir sob a chuva torrencial de verão na madrugada.


Grandes cestos de espigas de milho aguardavam a limpeza final ao lado de um carro de boi. Olias encostou ali, ofegante, com a mão pressionando o quadril ensanguentado. “Passem por aquele estábulo, as luzes estão acesas! Contornem a torre sudeste e voltem para o portão da cidade, entenderam?” Seus homens se entreolharam, hesitando. “Eu voltarei para o porão daquela fazenda. Quando tudo terminar, levaremos os aldeões para Red Larch. Agora corram! Vão!”. Os anões acataram a ordem de seu segundo sargento e sumiram no escuro, atravessando uma pequena horta. Olias Klomp fechou os olhos e respirou fundo. Água, lama e sangue empapavam a sua barba, transformando loiro acinzentado em marrom escuro. Permitiu-se um minuto de paz, sem saber que seria seu último.


Olias ouviu um galho de árvore estalando no escuro e apertou sua maça com força, a luva encharcada rangeu na empunhadura. Um rosnado árido e selvagem do lado oposto o fez virar assustado, mas era tarde demais: sua cota de malha impediu que a segunda flecha penetrasse, mas o impacto o derrubou na lama. Antes que pudesse se levantar, um terceiro projétil cravou-se em seu joelho, e Olias gritou, enchendo o ar de dor e fúria. Jogou sua maça no esqueleto, arrancando-lhe um braço. O monstro sem vida aproximou-se enquanto o anão lutava pra se levantar. O esqueleto chutou a face do anão, a bota podre solta em seu pé voou em uma poça de lama. Com seu único braço esquelético, começou a golpear furiosamente o rosto de Olias. Uma, duas, três, cinco, nove vezes. Um clarão de dor no fundo de seus olhos, um zumbido em seus ouvidos, o calor do sangue cobrindo seu rosto, o som dos golpes abafados e distantes, o torpor, o frio e mais nada. Ali morreu Olias Klomp, segundo sargento da cavalaria íbex do Punho de Pedra, defensor de Red Larch, ensopado em lama e sangue, seu corpo largado embaixo de uma carroça.


O necromante Orioth, o autoproclamado Lorde de Lance Rock, sorria em seu retorno triunfal à cidade que um dia o exilou. O sol nascia no leste, e Red Larch despertava para um dia que jamais esquecerá.


O ultimo Grys


Foi criado em uma tribo de meio orcs e orcs localizado em uma pequena faixa

de floresta próximo a um lago enorme, era uma vila pequena e com o temperamento

orc era bem caótica na maior parte do seu dia a dia mas algo unia a todos para se

formarem uma vila, a sobrevivência do conjunto naquelas terras nada amigáveis, dividamos nossas batalhas entre a natureza cruel e ríspida e elfos gananciosos que

procuravam expandir a (já imensa) "sua" floresta, o que permitiu uma convivência

entre esses seres orcs foi um líder inspirador chamado Gul 'Dan, um Shaman com a

capacidade quase que divina de se conectar com a natureza, guiou os meus

antecedentes por dentre essa floresta infernal e paramos onde estamos hoje, um local

privilegiado e bastante desejado pelos povos que residem nessa floresta, um ponto

com um bom acesso ao lago e ao rio que de lá sai, assim fazendo uma via fluvial

para quem deseja ir alem da floresta encontrar os grandes centros. Nasci sem um pai, minha mãe disse que ele morreu quando ainda estava no seu ventre, era um humano

que conheceu no seu tempo de aventureira, minha mãe, Sejne Pedra Cobalto era uma

guerreira de renome na vila, ela tinha uma ligação essencial para com os ursos e

quando entrava em fúria de batalha tinha o dom de se transformar em um deles e

dilacerar seus inimigos em um instante, com ela aprendi tudo, até mesmo esse

temperamento forte.


Em uma noite específica, depois de umas semanas caóticas onde se discutiam

um novo lider pois Gul 'Dan estava em seu isolamento anual e de certa forma estava

demorando mais do que os seus 3 meses comuns, e com o temperamento orc de ser, as coisas estavam começando a se bagunçar, alguns Orcs queriam reclamar mais

terras pois a criação bovina ja estava se limitando pelo pequeno espaço, mas na

verdade erá uma desculpa que se encaixou na sede por Sangue de Garrosh Grito

Infernal, um orc que se destacou nas primeiras expedições fora do perímetro de

.

nossa vila e trouxe tesouros e cabeças colecionadas de outros povos (humanos, elfos, halflings, e ate mesmo alguns draconatos), a sua história deu embasamento para sua

causa e foi apoiada por grande parte da sociedade na ausência de Gul 'Dan, iniciou se então uma marcha para uma das fronteiras com o reino Elfico que nos tanto atacavam, encontramos uma passagem secreta que Garrosh e seus homens haviam encontrado nessas andanças, e sua estratégia militar e sanguinolenta fez nossa vitoria naquele dia, destruímos a primeira vila da entrada para o reino elfico, porém no mesmo dia já na noite de comemoração surge Gul 'Dan em uma explosão de chamas na fogueira central, ele estava com olhos emanando um fogo azul de dentro da fogueira, sua faceta ríspida de orc estava mudada, tinha uma formato bem mais sombrio do que ja era, julgou nossa investida contra o reino elfico uma falha incorrigível, e apontou para Garrosh (ja em furia) disparando uma energia negra e maldita no seu peito, nesta dia eu soube o por quê de grito infernal, ele rugiu numa forma infernal, quem apenas escutasse tal evento pensaria que um próprio diabo ou demônio estava sendo invocado contra sua vontade e que ali seria um palco para tudo de ruim conhecido nesse mundo. Garrosh tentou resistir, porem a magia de Gul 'Dan era especialmente forte (e de certa forma muito diferente com estava acostumado a presenciar, algo como se estivesse bem mais refinada), Garrosh entao se levanta e com as mesmas chamas azuis em seus olhos levanta seu machado de duas mãos e avança no primeiro que viu, cortando em dois um orc ligeiramente grande num piscar de olhos, o mesmo explode suas vísceras em chamas azuis onde Garrosh a consome passivamente quando anda do lado do corpo dilacerado, e assim se inicia o declínio da vila orc, numa batalha fervorosa contra um dos seus próprio lider banhado com uma magia poderosa que o deixou em um frenesi violento (mais do que ja era), minha mãe foi uma das cabeças que lutou ate o final contra Garrosh e ganhou tempo para que eu sobrevivesse, me entregou seu colar de cobalto escrito com uma runa magica em uma língua estranha, ela me disse que isso iria me permitir conectar com nossos antepassados e que isso seria primordial para a minha sobrevivência, em suas ultimas palavras disse "Procure sua alcateia, e dê valor a eles, cresça mais forte ainda com eles e conquiste suas ambições" logo em seguida uma sequência épica de machados se colidindo e rugidos ferozes se ecoando, corri floresta adentro com alguns outros orcs da minha idade (14), fui adiante e quando chegamos na vila tudo se encontrava destruído e pegando fogo, uma companhia de elfos se encontrava no alto da casa principal da vila, os mesmo nos avistaram espantados e logo em seguida apontou comandos para seus guardas, flechas e gritos em elficos ecoavam nas nossas costas enquanto corriamos pelas vias que ainda restava da vila, alguns pararam para lutar, e quando estavamos para embarcar no rio que era o acesso mais rapido para sair dali, esbarramos em 3 elfos armadurados e devidamente equipados, Bolg e Misha estavam comigo, meus amigos de infância, Bolg erá um orc grande e parrudo, era uma das promessas da nova geração, Misha era também uma meio orc, e se destaca com o uso de arcos longos e erá uma caçadora exemplar, ambos engajaram nos elfos e proferiram "Vá Azzog, você foi escolhido para seguir em diante com nosso povo, precisa sobreviver!" nesse meio tempo decepei um dos elfos com meu machado em um golpe de sorte e me joguei no primeiro bote que vi, ainda em estado de fúria comigo mesmo por ter que deixar meus entes queridos, mas minha mãe me deixou encarregado desta missão e não poderia negar seu ultimo desejo. Após o fatídico evento me encontrei vagando por muito tempo floresta adentro, terminando minha criação como um andarilho.


CAPÍTULO VI, UMA CONVERSA TENSA


Clara Águia-Cinza já tinha chamado seus principais aliados: Violeta, Tlawnier e Irannis, e confiava em quem seus amigos chamariam também. Agora só faltava uma coisa: um navio. Clara andara pensando muito sobre como seria sua conversa com o meio-elfo, e sabia que precisava ter em mente uma história bem formada em sua cabeça para não se perder nas teias que aquele sujeito com certeza prepararia para ela, para certificar-se se ela mentia ou não. Junto de Irannis, conseguiu armar uma história bem consistente, e que provavelmente não haveria erro. A história era a seguinte: 

A capitã Claire Grey-Eagle não sabia onde nascera, pois crescera desde pequena em um orfanato nos bosques do sul. Porém, aos seus onze anos de idade, quando começou a crescer sua vontade de conhecer o mundo e ser livre, fugiu, e acabou se instalando em uma praia chamada Lethaias, nas ilhas do sul. Lá, aprendeu a manusear a rapieira, e em uma aposta de alto nível em um torneio, foi apostado um navio. Ela o ganhou. Aos poucos foi juntando uma tripulação, em sua maioria pessoas não bem vistas pela sociedade, e também foi aprendendo a navegar. Em pouco tempo, já possuía uma tripulação fiel e sabia navegar e fazer manobras com seu navio que poucos sabiam fazer. Foi viajando e fazendo saques, começando dos pequenos, mas que subiram rapidamente para os grandes. Depois de quatro anos de sua carreira, que começara quando ela tinha quinze anos, ela decidiu finalmente fazer uma aventura perigosa. Ela e sua tripulação iriam para as Ilhas Amaldiçoadas de Illindoras. Eles chegaram a penetrar em parte daquele arquipélago, mas foram atacados por monstros aterrorizantes em meio à exploração. O barco saiu bem avariado, e grande parte de sua tripulação desapareceu.

No meio da viagem de volta, houve uma tempestade, e o barco foi finalmente destruído por completo. Com isso, sobraram poucos da tripulação, que se agarraram nas tábuas do navio e foram levados à uma praia próxima desta vila em que atualmente estavam.

Esta era a história que armaram. 

Finalmente, Clara decidiu tentar marcar uma conversa com o meio-elfo, e pediu para Srahadin (disfarçada de capitã Claire Grey-Eagle) pedir para algum de seus poucos marujos que ainda restavam avisar o meio elfo que ela queria uma conversa com ele, ao que Srahadin obedeceu sem perguntar nada, pois ela era sua única esperança. Clara não pediu para ninguém da cidade ou conhecido seu ir combinar tal conversa pois sabia que se Thor Kraven visse, perceberia que esta pessoa não vinha do sul. Por isso mesmo ela teve de arranjar alguns disfarces. Com a ajuda de Tlawnier, ela conseguiu fazer uma cicatriz falsa no rosto, assim como deixar seus cabelos ruivos completamente negros. Além disso, roubou um chapéu de aba bem larga, para que dificultasse ver seu rosto. Além do sobretudo, das botas,da cinta e do kit de maquiagem que roubara recentemente, ela teve de roubar mais roupas novas, para chegar com um disfarce convincente.

Quando Irannis começava a se queixar pela quantidade de coisas que roubara, ela se deu por satisfeita. Quanto ao marujo de Srahadin, disse que a conversa ficou combinada para sexta, às dez horas da noite. Hoje era quinta. 

No dia seguinte, Clara reuniu todos que haviam se juntado a ela, que eram dez garotos de Irannis, alguns sujeitos estranhos que viviam no esgoto que Violeta chamara, que incluíam alguns meio orcs e alguns outros homens robustos e de cara fechada e Irannis, Tlawnier, e Violeta. Juntos, todos repassaram a história de Clara, e como haviam se juntado a ela, caso algum dos homens do meio elfo os encurralassem e perguntassem coisas relacionadas a este assunto, o que era provável, pois o meio elfo tinha jeito de quem faz de tudo para ter certeza se uma coisa é verdade, e mais jeito ainda de alguém que percebe quando há uma mentira no ar. 

Finalmente, quando o sol já se punha no horizonte e mergulhava nas profundezas do oceano, Clara resolveu se preparar. Entrou na água do mar um pouco para lavar seu corpo, e depois colocou suas roupas novas. Penteou o cabelo com um pente de madeira velho que tinha em um canto do Velho Trapiche, se maquiou da mesma maneira que fizera quando fora encontrar Srahadin pela primeira vez e por fim calçou suas botas nivas e colocou a rapieira no cinto. 

Pouco antes das dez se encaminhou para o já conhecido galpão do meio-elfo. Thor Kraven não se encontrava ali. 

-Boa noite, senhorita - disse uma voz suave, que Clara reconheceu ser do meio-elfo, e o avistou nas sombras do galpão. 

-Capitã, caso ainda não saiba - falou ela arrogante.

-Boa noite então, Capitã - disse ele rindo levemente - qual é o seu nome de profissão?

-Capitã Claire Grey-Eagle - respondeu ela - E o seu?

O elfo deu uma risada controlada e respondeu com sutileza:

-Tenho vários nomes… Às vezes ganho mais um, ou crio mais um… Mas pode me chamar de Barão. 

-Muito bem, boa noite, Barão - falou ela sarcasticamente - vim aqui porque ouvi rumores de que você pode fazer alguns favores, e um deles me interessa muito. 

-É mesmo? - perguntou o meio-elfo com os olhos brilhando - E o que você precisa, querida?

-Capitã - corrigiu Clara fingindo estar ligeiramente irritada.

-Perdão, Capitã Claire Grey-Eagle - respondeu o meio elfo devolvendo o sarcasmo que a garota havia feito antes - O que deseja?

-Um navio - respondeu Clara, impassível. 

-Ora, mas você não é uma… Como era mesmo? Ah, sim, capitã, você não era uma capitã? - perguntou ele desdenhoso

-Eu sou uma capitã - disse ela, ainda impassível - E jamais vou deixar de ser. 

-Então por que não tem seu próprio navio? - perguntou ele com os olhos brilhando.

-Eu tive - respondeu Clara - mas perdi em uma aventura. 

-Perdeu? - perguntou o meio-elfo rindo sem esconder que a achava uma mera capitã de poucas habilidades marítimas - E como você o perdeu?

-Nas Ilhas Amaldiçoadas de Illindoras - respondeu ela fingindo muito bem um tom sombrio, ao que o riso do meio-elfo se dissipou instantaneamente, e um olhar perspicaz o substituiu. 

-Espere… Meus ouvidos não me enganam ou você disse Ilhas Amaldiçoadas de Illindoras?

-Capitã - corrigiu Clara irritantemente.

-Capitã - disse o meio-elfo ligeiramente irritado - diz ser muito habilidosa com sua rapieira. Por que você não demonstra suas habilidades.

-Seria um prazer - respondeu o elfo estendendo um sorriso, ao mesmo tempo que tirava da bainha duas cimitarras. 

O Barão se afastou, e Clara desembainhou sua rapieira. Seu coração batia rápido. Não podia desistir. Que bela teia que o meio-elfo tramara durante sua aparente civilizada conversa! Clara sabia que podia ganhar de alguns idiotas, mas nunca duelara contra um espadachim experiente. O elfo começou atacando. Seus movimentos eram velozes, mas Clara conseguiu defendê-los, estava até achando divertido, o que aparentemente também estava sendo para Dimitri. Clara começou a contra-atacar, e Dimitri defendeu seus golpes com precisão, mas pareceu ligeiramente surpreso. Estava uma luta limpa e sem trapassas, movimentos precisos e nenhuma falha nas esquivas e defesas. Porém, Clara viu uma abertura mais rapidamente. Quando ela fazia ataques mais para a altura da cintura e barriga, o tempo que ele tinha para fazer a próxima defesa atrasava um pouco, e nisso, em um ataque consecutivo ao de um bloqueado com sucesso em tal altura, ela aumentou a velocidade, e com um leve toque, estocou o peito do elfo com a rapieira.

-Touché! - exclamou ela rindo e guardando a rapieira, ao mesmo tempo em que Dimitri olhava estupefato para o lugar em que Clara o acertara. 

-Muito bem, vejo que você não mente, capitã - falou o Barão realmente surpreendido - Mas algo em você ainda me intriga… O que será?, o que será?, o que será? Já sei… Você diz ser capitã, você luta como capitã, mas suas roupas não são do sul… É como se você tivesse feito um disfarce para parecer uma capitã, comprando roupas de qualidade daqui, não é? - perguntou o elfo com um tom malicioso.

Por um momento, Clara realmente achou que o meio-elfo a desmascarara, mas a resposta mais óbvia, mais lógica, mais verdadeira surgiu em sua cabeça a tempo.

-Eu realmente disse que sou uma capitã, e eu luto como poucos capitães lutam, senhor Barão. Mas eu também disse que perdi o meu barco, portanto, adeus tesouros, adeus botas reservas, olá farrapos. Precisava de roupas novas ao chegar aqui - respondeu ela calmamente, até sorrindo.

-E de onde veio o dinheiro para pagar tais roupas? - perguntou o Barão, como uma aranha tentando enroscar um inseto astuto em sua teia.

-Senhor Barão, eu sou uma pirata, caso não tenha percebido. A vida dos piratas é de saques - respondeu ela com seu sorriso de canto de boca.


m narrativas baseadas na ideia de uma invasão alienígena com ameaça biológica, sempre imaginamos seres complexos e diferentes de tudo que há em nosso planeta, mas e se a premissa fosse algo que parece muito com algo que temos aqui na Terra. Neste conto buscamos plantar ideias para uma invasão por um inimigo simples, porém mortífero. 

De evolução rápida, as criaturas vão alterando seu modo de agir e suas capacidades, sem grandes alterações em suas formas. Por serem diminutas, e formarem estruturas como nuvens, conseguem acesso fácil e de difícil erradicação.

Nosso conto também tenta mostrar a situação do cidadão comum, o pai/mãe de família que tem sua vida destruída pouco-a-pouco até nada mais restar a não ser uma vontade de autodestruição ou, talvez, vingança.

Com vocês, o conto:


MARIPOSAS


Foram as luzes no céu. Naquela noite de agosto a humanidade experimentou um evento sem precedentes. Percebemos, da pior maneira, que não conhecemos o espaço nem o que nele habita. Os clarões não podiam ser confundidos com relâmpagos. Os jornais chamaram de fenômeno, os cientistas, de luzes amorfas e os religiosos de início do fim. O certo é que era um início, o início do medo do entardecer, o pavor que o homem sempre sentiu da escuridão da noite agora é mais palpável.

Alguns dias depois do céu ser iluminado por todo um espectro de cores desconhecidas, percebemos o preço que iríamos pagar por nossa ignorância, tão preocupados com futilidades, nunca nos preparamos para uma coisa tão simples. As primeiras mortes, que foram por sufocamento, quando noticiadas, não pareceram importantes até descobrirmos que os enxames de mariposas se deslocavam na negrura da noite como ventos mortais.

Mariposa é o termo que usamos por parecerem com um simples inseto, entretanto, aqueles seres, dizem os cientistas, são diferentes internamente de tudo que há no planeta. Adaptáveis e silenciosos, nossos algozes somem durante o período do dia e aparecem, cada vez em número maior, quando a noite chega.

Lembro da primeira vez que vi o vídeo na internet, estávamos eu e minha esposa procurando notícias sobre os incidentes, quando nos deparamos com aqueles minutos de agonia, pobre homem, as narinas tomadas e tentando abrir a boca para gritar, mas mais e mais insetos a penetraram. Em instantes o corpo parou de se debater, elas entravam e saiam pelos orifícios da boca e do nariz, não consigo esquecer aqueles olhos abertos, aqueles olhos com insetos pousados neles, pobres olhos. Lembro que minha esposa chorou. Lembro que meu pavor de pai logo me fez temer por minhas filhas, meu coração era um poço fundo de medos. A cada noite eu vedava a casa com medo do horror noturno. 

O governo usou veneno, usou chamas, a verdade é que os enxames são maiores agora no segundo mês e elas desenvolveram algum tipo de toxina que mata mais rápido. A cada semana sua quantidade aumenta. Vasculham por frestas, parecem sentir nosso medo e fragilidade. Acho que existe algo maior do que uma inteligência primitiva nessas criaturas, afinal, agora matam nosso gado e contaminam, com seus corpos mortos, nossas reservas de água.

Minha filha mais velha morreu ajudando a mãe na tentativa de salvar a irmã mais nova. Se não fosse seu sacrifício, jamais chegaríamos ao porão. Minha pobre filha, minha querida filha...estamos só eu, minha esposa e a pequena. Cada vez menos estações de rádio no ar e as notícias sempre são piores a cada hora. A pequenina chora de fome pois o que estocamos acabou ontem. Ainda tenho um pouco de remédios para dormir... espero que sejam o suficiente para lhe dar a paz que este mundo não tem mais.


Texto: Filipe Tassoni ( Amarelo Carmesim)

Revisão: Morrigan Ankh ( Pensando em RPG)


Um ambiente inspirador

Por Jean Carlo


    Estar com amigos é incrível, não é mesmo? E ainda mais quando todos estão na mesma empolgação para qualquer coisa. Mas nem sempre isso acontece...

O ambiente proposto entre amigos é bem casual e confortante, tanto durante aquela jogatina marota quanto a vida real mesmo. E o que me chama muito atenção é a potência que o ambiente tem em modificar o comportamento dos jogadores.

Quem nunca presenciou uma mesa onde um jogador se demonstrava extremamente irritado ou aborrecido, e notavelmente você percebe que ele não está interpretando. Fica chato, não é mesmo? Pois bem, este comportamento tensiona o ambiente e faz com que os outros jogadores se fechem para evitar possíveis conflitos, o que acaba prejudicando a diversão.

E qual a influência disso na inspiração? Bom, um ambiente inspirador, onde todos estão confortáveis e dispostos com o compromisso, faz com os jogadores não tenham medo de interpretar, pensar ou até mesmo criar planos infalíveis e épicos. Sem inspiração, um escritor perde sua essência, um pintor perde suas cores e um mestre perde uma história.

Assim é na vida. Sem inspiração, deixamos de ver a importância e valor dos pequenos momentos, tornando-os mais simples e menos divertidos. E para recuperar isto, temos que ter a inteligência emocional e social para entender a posição de cada membro e poder fornecer o mínimo de atenção e conforto que cada um espera. Saber entender a opinião e o ponto de diversão de cada um, vai te ajudar a tornar o ambiente melhor, mais inspirador e divertido.


Tópico 5. Nossos melhores memes da quinzena!


E se passaram mais 15 dias e estou aqui para mostrar os memes mais badalados das nossas redes sociais! Então nesse assunto peço para que você nos siga lá no Instagram: @mestredosmagosrpg e acompanhar nosso conteúdo diário, todo dia temos algo novo!


https://instagram.com/mestredosmagosrpg


Liderando os cinco memes, temos este que fez um grande sucesso de engajamento! Diversos comentários e curtidas, repostagem e etcetera!

Interpretação é muito importante, não só uma ficha combada!

Peço que vocês reajam a eles se acharam engraçados!



Quando você vai tentar fazer uma boa explicação de ataque!



Já vai logo cantando e enganando com boas rimas!



Ladino sempre na furtividade.


Finalizando nossos cinco memes mais bombados da quinzena, é bem assim quando um bardo passa num teste de força!






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